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domingo, 13 de fevereiro de 2011

1.5.1. O Rio Tejo

O rio Tejo, nasce em Espanha, na serra de Albarracin (a 1503 m de altitude) e termina o seu percurso, de cerca de 1009 km de comprimento, com uma bacia de cerca de 100 a 120 km de largura, desaguando no Oceano Atlântico, concretamente no estuário de S. Julião da Barra. Na margem direita deste estuário pode-mos encontrar a cidade de Lisboa[1].
O rio Tejo é considerado o maior da Península Ibérica e mantém, durante grande parte do trajecto a continuidade do alinhamento montanhoso da Cordilheira Central. Tem como afluente mais importante, no território português, o rio Zêzere, que nasce na Serra da Estrela e cuja foz se situa em Constância[2].  
Este rio apresenta, geralmente, um caudal de cerca de 4,1 l/s/km2 e módulo de 250 m3/s que irá aumentar consideravelmente à medida que os afluentes provenientes da Cordilheira Central forem nele depositando as suas águas. Em Vila Velha de Ródão o módulo passa para 297m3 /s e o caudal específico de 5 l/s/m2 (média dos anos 1943-44 a 1971-72)[3].
Ilustração 5 – Rio Tejo
Fonte: Ribeiro Mário, Olhares Fotografia Online[4], 2011

[1]Infopédia, acedido a 12 de Janeiro pelas 8 horas e 57 minutos, < http://www.infopedia.pt/$rio-tejo>
[2]Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, acedido a 12 de Janeiro pelas 9 horas e 14 minutos, <http://www.cm-vvrodao.pt/principal.php?cont=4&sub=5&letra=p&lg=1>
[3]Ribeiro, Lautensach e Deveau, Geografia de Portugal II, acedido a 12 de Janeiro pelas 8 horas e 46 minutos
[4]Ribeiro Mário, Olhares Fotografia Online, acedido dia 12 de Janeiro de 2011, às 8 horas e 48 minutos, <http://olhares.aeiou.pt/vila_velha_de_rodao___rio_tejo_foto1277676.html>

1.5. Algumas Características da Rede Hidrográfica de Portugal

          Os principais rios constituintes da rede hidrográfica de Portugal continental são os rios Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana, cujas bacias hidrográficas integram, conjuntamente com o Cávado, Ave, Vouga, Mondego, Lis, Sado, Mira e Arado, 63% do território português[1].
            A Norte do Rio Tejo, o percurso dos rios apresentam uma orientação Nordeste -Sudoeste ou Nor-Nordeste – Su-Sudoeste. O Rio Paiva e o Vouga contrariam a tendência da zona centro norte, possuindo um percurso de orientação Este – Oeste[2].
            As características dos perfis longitudinais estão ligadas aos aspectos gerais do relevo, tendo o Tejo e o Douro um perfil muito semelhante, tal como o Guadiana e o Minho, mas menos acidentados. Ao compararmos os cursos de água de comportamento total, verificamos que o declive da parte final dos rios do Sul do Continente é menor do que o dos Rios do Alto Douro[3]. Os vales do Alto Portugal e do Sul do País apresentam um perfil em V ou em forma de canhão, sendo as suas formas predominantes por xistos e granitos, respectivamente. Aqui, os cursos de água localizam-se, sobretudo, em áreas de fractura, modelo marcante do modelado granítico. Os rios que correm, em regiões xistosas ou que atravessam as extensões da Meseta têm cor amarelada ou acastanhada, devido às substâncias argilosas em suspensão. Ao contrário, os rios das regiões graníticas são claros ou de tom verde-escuro[4].
            No Maciço Cálcario Extremenho e no Algarve, áreas onde a rocha calcária permite a grande infiltração, os percursos de água apresentam características, como os vales secos, as gargantas apertadas e as ressurgências, típicas de áreas cársicas.  
         Os principais rios de Portugal Continental, geralmente, apresentam uma grande irregularidade devido as grandes variações de pluviosidade, provocando no Inverno cheias por vezes catastróficas, enquanto que no Verão, a evaporação aumenta e as chuvas são raras, o que leva, sobretudo nos rios mais a Sul do Continente ficarem reduzidos a charcos[5]. Nos arquipélagos apenas se identificam ribeiras devido à sua reduzida extensão.


[1]Caracterização de Portugal Continental, acedido em 24 de Janeiro, às 22 horas e 31 minutos, <http://repositorio.lneg.pt/bitstream/10400.9/542/2/cap2.pdf>
[2] Idem
[3] Ribeiro, Lautensach e Daveau, Geografia de Portugal II, acedido a 24 de Janeiro às 22 horas e 55 minutos.
[4] Idem
[5]Caracterização de Portugal Continental, acedido em 24 de Janeiro, às 22 horas e 58 minutos, <http://repositorio.lneg.pt/bitstream/10400.9/542/2/cap2.pdf>

1.4. Características Sociais e Demográficas de V.V.R.

          Vila Velha de Ródão é um concelho muito envelhecido, onde a população diminuiu drasticamente nas últimas décadas. Em 2001, a vila tinha cerca de 4098 pessoas, 1956 homens e 2133 mulheres[1].

A população do concelho divide-se pelos seguintes grupos etários:
Indicador de População Residente
Valor (indivíduos)
Menos de 14 anos
315
De 15 a 24 anos
355
De 25 a 64 anos
1782
Mais de 65 anos
1646
Ilustração 4 – População por grupos etários
Fonte: Instituto Politécnico de Castelo Branco, Plano de Desenvolvimento Estratégico do Município de Vila Velha de Ródão [2], 2011
        
            A vila tem vindo a perder população ao longo dos anos, sendo a principal causa deste comportamento demográfico o êxodo rural. Em consequência, a taxa de natalidade deste concelho é de 5‰ e a taxa mortalidade de 20,6‰, o que leva a um acentuado envelhecimento o qual se traduziu, para o ano 2001, num índice de envelhecimento de 522,5 %. Isto significa que por cada 100 jovens há 522,5 idosos. Estamos perante o concelho mais envelhecido do país.[3][1] Município Vila Velha de Ródão, acedido em 5 de Janeiro de 2011, às 22 horas e 29 minutos, <http://www.cm-vvrodao.pt/principal.php?cont=16&letra=p&lg=1>
            Os trabalhadores activos, neste conselho são 66% homens e 34% mulheres, na sua maioria com qualificação do 1ºciclo do Ensino Básico[4], estando desempregados 96 indivíduos[5].
             As habilitações da população residente são reduzidas, pois 39,9% tem apenas o 1º ciclo e 34,8% são analfabetos[6].

[2] Instituto Politécnico de Castelo Branco, Plano de Desenvolvimento Estratégico do Município de Vila Velha de Ródão, acedido em 5 de Janeiro de 2011 às 22horas e 48 minutos, <http://www.cm-vvrodao.pt/artigo/1168640753pdemvvdocumentosintese.pdf>
[3] Plano de Desenvolvimento Estratégico do Município de Vila Velha de Ródão, acedido em 23 de Janeiro de 2011, às 22 horas e 37 minutos, <http://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/173/1/Plano%20Estrat%C3%A9gico%20Vila%20Velha%20de%20R%C3%B3d%C3%A3o%202005.pdf >
[4] Economia e Tecido empresarial, página 8 e 10, acedido em 5 de Janeiro de 2011 às 22 horas e 42 minutos, <http://www.adraces.pt/ficheiros/conteudos/1231338035Economia_e_Tecido_Empresarial.pdf >
[5] Plano de Desenvolvimento Estratégico do Município de Vila Velha de Ródão, acedido em 23 de Janeiro de 2011, às 22 horas e 37 minutos, <http://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/173/1/Plano%20Estrat%C3%A9gico%20Vila%20Velha%20de%20R%C3%B3d%C3%A3o%202005.pdf >
[6] Idem