Número total de visualizações de páginas

domingo, 13 de fevereiro de 2011

1.5. Algumas Características da Rede Hidrográfica de Portugal

          Os principais rios constituintes da rede hidrográfica de Portugal continental são os rios Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana, cujas bacias hidrográficas integram, conjuntamente com o Cávado, Ave, Vouga, Mondego, Lis, Sado, Mira e Arado, 63% do território português[1].
            A Norte do Rio Tejo, o percurso dos rios apresentam uma orientação Nordeste -Sudoeste ou Nor-Nordeste – Su-Sudoeste. O Rio Paiva e o Vouga contrariam a tendência da zona centro norte, possuindo um percurso de orientação Este – Oeste[2].
            As características dos perfis longitudinais estão ligadas aos aspectos gerais do relevo, tendo o Tejo e o Douro um perfil muito semelhante, tal como o Guadiana e o Minho, mas menos acidentados. Ao compararmos os cursos de água de comportamento total, verificamos que o declive da parte final dos rios do Sul do Continente é menor do que o dos Rios do Alto Douro[3]. Os vales do Alto Portugal e do Sul do País apresentam um perfil em V ou em forma de canhão, sendo as suas formas predominantes por xistos e granitos, respectivamente. Aqui, os cursos de água localizam-se, sobretudo, em áreas de fractura, modelo marcante do modelado granítico. Os rios que correm, em regiões xistosas ou que atravessam as extensões da Meseta têm cor amarelada ou acastanhada, devido às substâncias argilosas em suspensão. Ao contrário, os rios das regiões graníticas são claros ou de tom verde-escuro[4].
            No Maciço Cálcario Extremenho e no Algarve, áreas onde a rocha calcária permite a grande infiltração, os percursos de água apresentam características, como os vales secos, as gargantas apertadas e as ressurgências, típicas de áreas cársicas.  
         Os principais rios de Portugal Continental, geralmente, apresentam uma grande irregularidade devido as grandes variações de pluviosidade, provocando no Inverno cheias por vezes catastróficas, enquanto que no Verão, a evaporação aumenta e as chuvas são raras, o que leva, sobretudo nos rios mais a Sul do Continente ficarem reduzidos a charcos[5]. Nos arquipélagos apenas se identificam ribeiras devido à sua reduzida extensão.


[1]Caracterização de Portugal Continental, acedido em 24 de Janeiro, às 22 horas e 31 minutos, <http://repositorio.lneg.pt/bitstream/10400.9/542/2/cap2.pdf>
[2] Idem
[3] Ribeiro, Lautensach e Daveau, Geografia de Portugal II, acedido a 24 de Janeiro às 22 horas e 55 minutos.
[4] Idem
[5]Caracterização de Portugal Continental, acedido em 24 de Janeiro, às 22 horas e 58 minutos, <http://repositorio.lneg.pt/bitstream/10400.9/542/2/cap2.pdf>

Sem comentários:

Enviar um comentário